quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Começo a compreender

Acho que é de ti que ela fala. Ou de alguém como tu. Tranquilo. Com quem possa falar horas. Sobre filmes. Sobre filmes italianos. Sobre tardes perdidas no aquecedor, enrolados em mantas. Sobre música, sobre danças. Acho que é de ti que ela fala, ou de alguém como tu: que me faça rir e, por vezes, poucas vezes, corar. Alguém que não se repara ao início, mas com quem vai apetecendo estar mais e mais. Alguém que se procura no meio de um grupo e sem se dar por isso, já está junto de mim outra vez. Conversando. Alguém que, subtilmente, revela uma beleza inesperada. Sim, é de ti que ela fala. Alguém com quem tenho algo em comum, tão raro, como poder cantar uma música italiana perfeitamente desconhecida de todos. Vou pensar em ti e tomar-te como exemplo. E da próxima vez que me apaixonar, será por alguém como tu. Prometo.

1 comentário:

AP disse...

Esta descrição é maravilhosa. Para além da noção de bom companheirismo que passas, adorei a parte de "alguém que, subtilmente, revela uma beleza inesperada", porque acho que é esse lado "subtil" e "inesperado" que, com a tal espontaneidade, engrandece tudo, provocando algo mágico e especial.

Beijinhos :)